Xepa Cerebral

26 junho 2006

Sonho



Impossível? Prefiro acreditar que não. Quem sabe?

06 junho 2006

Ciclos


Acometido por uma notícia pouco após a última publicação, eu deveria mudar meu texto passado.

Acho melhor não mudar. Era o que pensava naquele momento, e continuo pensando. Então, não há razão em mudar. Não há hora certa para escrever que não seja a hora em que se pensa.

Mais um ciclo vai se fechando. São coisas corriqueiras para uns, até indiferentes para outros, mas para alguns, são coisas que não passam despercebidas.

Não pode-se fugir dela. É uma certeza. Tentar fugir é vago e impossível. Mais dia, menos dia, enfrenta-se. E perde. Ou ganha, dependendo do ponto de vista.

Há culturas que ficam inertes por um curto período de tempo por causa disso. Outros celebram. Outros simplesmente balançam a cabeça e seguem suas vidas. Há até os que não fazem nada.

Eu não posso passar em branco, ou negro. Foi algo distante, mas que, querendo ou não, faz e fez parte de mim.

Mais um ciclo se fecha.

Querências


Quero escrever algo. Quero partilhar informações, sentimentos, experiências. Quero mostrar revolta, repúdio, insatisfação. Quero aliviar coisas da minha cabeça para ficar de bem comigo mesmo. Quero comemorar, celebrar, festejar. Sair por aí contando minhas alegrias, resultados positivos, metas alcançadas.

Quero escrever minha monografia. Aliás, gostaria que ela já estivesse escrita.

Quero ler. Passar horas e horas a fio, lendo. Quero férias, para poder ler tudo que quero. Quero dias de 30 horas, para poder ler mais.

Quero correr. Quero viajar. Quero "viajar". Quero sentir coisas que jamais senti. Quero repetir sensações enterradas há tempos.

Quero voltar a ser criança. Quero ser homem maduro, dono de si.

Quero ter um emprego fixo, quero uma rotina. Quero ser livre para fazer o que quiser. Vender côco na areia, ser camelô, mochileiro, guia, escritor, astronauta.

Quero reunir todos meus amigos e dizer o quanto gosto deles, coisa que jamais fiz. Não consigo por em palavras. Idem para minha família.

Quero ser compreendido. Quero ser interpretado.

Quero tantas coisas antagônicas que muitas vezes me perco no que quero.

02 junho 2006

Escolhas


Baseamos nossas vidas em escolhas. Fazemo-as todos os dias, todos os instantes. Leite com Toddy ou puro? Acordar meia hora mais cedo para ficar no horário com sobra ou acordar em cima da hora mas poder descansar mais?

Há pouco passei por outra escolha: qual o nome deste espaço?

Antes de tudo: qual o propósito?

Gosto de escrever. Sempre escrevi. Escrever me faz bem. Este lugar servirá mais como depósito de pensamentos, um local para aliviar minha cabeça, para fazer uma terapia, anotar boas idéias ou simplesmente soltar o que vem à mente num momento.

Esses pensamentos, que surgem em frações de segundo, costumam ser os melhores. Este espaço surgiu em um desses pensamentos.

Minha avó dizia que eu deveria ser advogado, pelo meu prazer em discutir e por brigar pelo que acho certo. Minha mãe queria algo com humanas, provavelmente jornalismo, pela minha paixão por leitura e escrita. Meu pai, engenharia, pela paixão por carros e pela facilidade com números. Fiz economia. Nada a ver. Foi uma escolha, contra todos os caminhos sugeridos, que, eventualmente, seriam mais fáceis.

Não busco facilidades, busco conquistas. Quero conquistar as coisas por mim mesmo. Idealismo, utopia, mas nada me impede de enfiar algo na jaca e persegui-lo(-la??).

A Xepa Cerebral serve também para mostrar que há excelentes idéias que surgem de divagações, quando há um teclado ou uma caneta à mão e passa a escrever tudo o que lhe vem à mente. Um turbilhão de pensamentos desconexos, ou mesmo interligados, mas que, com o desenvolver, ficam extensos e até distantes do propósito inicial. Como esse post.

Escolhi o caminho de escrever coisas que me vinham à mente, sem ter um script, um roteiro, uma linha. Simplesmente ia escrevendo e desenvolvendo simultaneamente a idéia que surgia nos dedos.

Muitas vezes será assim. Mas não há regra, tampouco peridiocidade.