Xepa Cerebral

28 maio 2009

Existência


A vontade de escrever vem, mas foge-me fugaz no momento da impossibilidade de fazê-lo. Quando a oportunidade urge não mais há energias, tampouco qualidade desejada ou pensamentos torpes. Uma conexão de coisas desconexas e descabidas, que por vezes a auto-censura e um senso comedido reprimem. A crítica vem acompanhada da existência de qualquer coisa.

Aliás, como provar a existência? Nós existimos?

Não é depressão, pelo contrário. Somente filosofia metafísica.

Imagina-se que o pensamento e imaginação são ilimitados, não há barreiras. Pois digo o contrário, com veemência. Seguramente não sou o primeiro a afirmar tal coisa, mas esta conclusão me acompanha desde pelo menos metade de minha vida.

Querem um exemplo?

De acordo com o conhecimento científico, o Universo surgiu, há bilhões de anos, de uma explosão, o Big Bang. Portanto, o começo de tudo, inclusive da existência, foi aí.

O que existia antes? Nada? Como surgiu algo do nada? Sempre há um ingrediente, ou vários, que se combinam e resultam em outra coisa.

O que ocasionou a explosão? Um monte de energia. E como essa energia foi gerada? O que criou o gerador da energia? Assim sucessivamente.

Foi Deus, dirão os mais religiosos (não questiono aqui a existência de Deus. Quem sou eu para tal?). E como Deus surgiu?

Deus é eterno. Como algo pode existir pela eternidade?

A eternidade é inexistente! Tudo tem um começo, uma origem, um ponto de partida. E a situação anterior passou pelo mesmo processo. Nada é infinito. Impossível!

Ficaram com um nó na cabeça?

Bem vindos ao limite da imaginação e do raciocínio.